terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Criança dentro de nós

Bom, tenho este post à tanto tempo para escrever que já nem me lembro quando é que tive a ideia de falar sobre isto.

Estamos na fase adulta (para quem ainda não chegou lá depois vai perceber), temos muito trabalho, muito stress e pouco descanso. Vamos para o sofá ou cama ver televisão e fazer zapping até o sono chegar. Mas quando não é o nosso espanto que quando passamos pelo canal panda e vemos a dar as Navegantes da Lua. Reação imediata é acompanhar o episódio todoe ver quando volta a dar. Porque será?

Andavamos trabalhar ou a estudar e chegava a um ponte que tinhamos que descansar um pouco. Iamos para sites de noticias ou de imagens cómicas, mas por qual fosse o site que andavamos só se falava do lançamento do "jogo do ano" ou da "reedição do melhor jogo de sempre". Porque será?


Temos sobrinhos ou filhos de amigos, e queremos passar tempo com eles porque gostamos de entrar no mundo encantado deles. Fingir ser o dragão para eles nos derrotarem e serem os heróis ou de ser aquele monstro que tem que ser "preso" para ele libertar a princesa? Porque será?

Porque será é a pergunta que se coloca? Porque gostamos de fazer coisa "reservadas" a seres livres e ingénuos? 

Por mais carrancudos que sejamos, todos nós temos uma criança dentro de nós. Gostamos de sentir e de fazer coisas que fazíamos quando tínhamos 8 ou 10 anos. Gostávamos de voltar ao tempo em que um jogo nos fazia acordar pelas 9h num sábado e irmos para a casa do nosso vizinho e passar horas e horas a ir a ginásios e a evoluir bichinhos. Alguém se lembra? Bom era o Pokémon Vermelho ou Azul. Ninguém se lembra de como a mascote da série se tornou um fenómeno mundial? Para quem não se lembra, o original foi lançado em 1999 e hoje em 2013 voltou a tornar-se famoso com a sua reedição. Perdemos tempo? NUNCA!

Então e as Navegantes da Lua? Ninguém quem a curiosidade de voltar a recordar os seus ceptros ou mesmo as suas maluqueiras? Nem do Mascarado? Todos nós gostávamos de voltar aos tempos de infância e voltar a ligar a televisão à tarde e ver a série acompanhada de um pão com nutella e leite. Também fazíamos com o Dragon Ball Z, onde chegou a um nível que as universidades paravam para ver o que o Goku a dar pancada contra Friezer ou Cell ou Buu Buu. 

A nossa criança interior esteve tanto tempo activa durante estas séries porque canais como a Sic Radical passava à tarde a repetição dos episódios. E mesmo que os tivéssemos visto gostávamos de repetir porque quando víamos originalmente éramos crianças felizes.

Quem não se lembra de ver os Power Rangers? Sim aqueles super heróis que defendiam a terra dos aliens? Todos nós gostávamos de ver porque era a altura que não preocupávamos com os TPCs ou com o arrumar o quarto. Dos rapazes, quem não gostava de ver a Kimberly(Ranger Rosa)? A nossa primeira crush. E as meninas com o seu Tommy(Ranger Verde/Branco, Neo Vermelho e agora Dino Preto ao fim de 10 anos)? Não mintam que chegaram a ter posters dele no quarto. 

Desculpem por distrair do assunto principal mas como digo a minha criança interior anda muito liberta e quando vê ou fala sobre este assuntos salta logo para a frente e o escritor vai para o fundo. É bom vivermos num tempo com responsabilidades mas nunca podemos esquecer do que fomos, de como fomos felizes sem preocupações a não ser as horas que davam os desenhos animados na televisão ou de acordar para estarmos com os nossos amigos/vizinhos e passar bons serões. Esta Criança tem que ser muito bem protegida e adorada pois somos nós no passado e é algo que nos irá ajudar no futuro com os nossos filhos e sobrinhos e toda a criançada que gosta de nós. 

Não desprezem a nossa criança interior porque é o nosso profundo ser.


Orpheus



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