domingo, 22 de dezembro de 2013

Natal (outra vez)...

Cá estamos nós de novo no Natal, a dita época da (boa) engorda e dos reencontros. Se me seguem à pelo menos 1 ano, vão se lembrar (ou não claro) que fiz um post sobre os Prós e Contras de Natal (http://loucoazarado.blogspot.pt/2012/12/pros-e-contras-de-natal.html) e que essencialmente descrevi de como andávamos em crise.. bom quer se dizer, descrevi porque é que ser-se um forever alone é "bom".

Passou um ano e posso dizer que alone continuo, em crise a mesma coisa, mas se sinto falta de ter alguém? Acho que neste momento digo que depende dos dias, depende do meu estado de espírito e depende sem dúvida das amizades.

Não venho falar de como estou (para isso basta perguntarem), venho mais desejar um ...


... FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO...



Orpheus

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Associações

Todos nós associamos marcas ou produtos a certas pessoas, como por exemplo Nespresso ao Clooney ou BES ao Ronaldo. Claro que estas associações são mundialmente conhecidas e todas as pessoas que por norma vêem televisão ou andam junto a bancos têm esta tendência de associar famosos a produtos.

Mas e no âmbito pessoal, não associamos objectos ou eventos a pessoas conhecidas? Associamos o nome de um colega a uma história ou mesmo os seus gostos numa banda, por exemplo.

Numa das minhas noites, pensei em que nome daria à minha filha (se tivesse uma, que por acaso gostava). Pensei em muitos e todos os que me vinham à cabeça era nomes de colegas que tive ao longo da minha vida. Pensei em Mafalda (rapariga que dei o meu primeiro kiss), Sara (uma das raparigas que menos gostei e que mais tempo tive nas turmas), Soraia (A raparigas que mais odiei no ciclo), Joana (Minha vizinha da minha idade), Nádia (Uma colega nascida em Espanha e também que mais tempo tive em turmas mas também uma colega que tive nos Açores), Filipa (Uma colega nos Açores mas também uma colega da minha faculdade), Ana (A quantidade de Anas que tive na minha vida é imensa), Margarida (Tive uma betinha na turma que se chamava Ana Margarida, mas também é o nome da minha afilhada), Catarina (Amiga da betinha. Mas também tenho uma amiga com o mesmo nome), Inês (Outra amiga mas também uma colega que morava no prédio do lado) entre muitos outros. Logo a unica coisa que me passou na cabeça era que sempre chama-se a minha filha estaria a chamar as outras. 

Alguma gente sabe porque é que o nome Orpheus (algo que fica para depois), mas também conhecem a expressão "Vai beber um cházinho". Bom, esta expressão surgiu quando via que as coisas entre pessoas não estava a ir para bom porto, então, por delicadeza e simpatia, vez de dizer para pararem usava a expressão. Começou a pegar e penso que essa mesma expressão passou a ser a minha expressão para acalmarem. Então quando bebo um chá ou vou fazer um tenho uma grande tendência em pensar nas discussões mas também de quem estava envolvido nelas. Camomila é sem dúvida o tipo de infusão/chá que associo mais a estes eventos.

Quando namoramos é normal criarmos a "nossa música", algo que marque a relação. Sim tenho ou tive, melhor dizendo, muitas músicas associadas a essas pessoas e quando as oiço não há como fugir. Lembramos-nos delas, mesmo que as odiamos. Claro que se odiarmos a pessoa não vamos gostar de ouvir a música, acho que isto é lógico. Mas isto também acontece com amigas (qualquer que seja o tipo de amiga), mas não é tão forte o que sentimos e pensados ao ouvir a música. Ouvir por exemplo The End of This Chapter dos Sonata Artica (não é pesada), infelizmente lembro-me da minha ex, porque mesmo não gostando deste género (Power Metal), foi ela que me deu a conhecer. Ouvir por exemplo Over the Hill and Far Away dos Nightwish faz-me pensar nas amizades que tinha nos Açores. Acho que felizmente não tenho muitos problemas neste departamento.
Mas as músicas não estão só associadas às pessoas, podem também estar associadas a épocas da vida. Por exemplo ou ouvir Nemo dos Nightwish ou Memories dos Within Temptation lembro-me sempre de uma época mais sombria de mim, mais gothica. 

Será que sou estranho em associar estas coisas a raparigas? ....



... Acho que sou =P

Orpheus


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Criança dentro de nós

Bom, tenho este post à tanto tempo para escrever que já nem me lembro quando é que tive a ideia de falar sobre isto.

Estamos na fase adulta (para quem ainda não chegou lá depois vai perceber), temos muito trabalho, muito stress e pouco descanso. Vamos para o sofá ou cama ver televisão e fazer zapping até o sono chegar. Mas quando não é o nosso espanto que quando passamos pelo canal panda e vemos a dar as Navegantes da Lua. Reação imediata é acompanhar o episódio todoe ver quando volta a dar. Porque será?

Andavamos trabalhar ou a estudar e chegava a um ponte que tinhamos que descansar um pouco. Iamos para sites de noticias ou de imagens cómicas, mas por qual fosse o site que andavamos só se falava do lançamento do "jogo do ano" ou da "reedição do melhor jogo de sempre". Porque será?


Temos sobrinhos ou filhos de amigos, e queremos passar tempo com eles porque gostamos de entrar no mundo encantado deles. Fingir ser o dragão para eles nos derrotarem e serem os heróis ou de ser aquele monstro que tem que ser "preso" para ele libertar a princesa? Porque será?

Porque será é a pergunta que se coloca? Porque gostamos de fazer coisa "reservadas" a seres livres e ingénuos? 

Por mais carrancudos que sejamos, todos nós temos uma criança dentro de nós. Gostamos de sentir e de fazer coisas que fazíamos quando tínhamos 8 ou 10 anos. Gostávamos de voltar ao tempo em que um jogo nos fazia acordar pelas 9h num sábado e irmos para a casa do nosso vizinho e passar horas e horas a ir a ginásios e a evoluir bichinhos. Alguém se lembra? Bom era o Pokémon Vermelho ou Azul. Ninguém se lembra de como a mascote da série se tornou um fenómeno mundial? Para quem não se lembra, o original foi lançado em 1999 e hoje em 2013 voltou a tornar-se famoso com a sua reedição. Perdemos tempo? NUNCA!

Então e as Navegantes da Lua? Ninguém quem a curiosidade de voltar a recordar os seus ceptros ou mesmo as suas maluqueiras? Nem do Mascarado? Todos nós gostávamos de voltar aos tempos de infância e voltar a ligar a televisão à tarde e ver a série acompanhada de um pão com nutella e leite. Também fazíamos com o Dragon Ball Z, onde chegou a um nível que as universidades paravam para ver o que o Goku a dar pancada contra Friezer ou Cell ou Buu Buu. 

A nossa criança interior esteve tanto tempo activa durante estas séries porque canais como a Sic Radical passava à tarde a repetição dos episódios. E mesmo que os tivéssemos visto gostávamos de repetir porque quando víamos originalmente éramos crianças felizes.

Quem não se lembra de ver os Power Rangers? Sim aqueles super heróis que defendiam a terra dos aliens? Todos nós gostávamos de ver porque era a altura que não preocupávamos com os TPCs ou com o arrumar o quarto. Dos rapazes, quem não gostava de ver a Kimberly(Ranger Rosa)? A nossa primeira crush. E as meninas com o seu Tommy(Ranger Verde/Branco, Neo Vermelho e agora Dino Preto ao fim de 10 anos)? Não mintam que chegaram a ter posters dele no quarto. 

Desculpem por distrair do assunto principal mas como digo a minha criança interior anda muito liberta e quando vê ou fala sobre este assuntos salta logo para a frente e o escritor vai para o fundo. É bom vivermos num tempo com responsabilidades mas nunca podemos esquecer do que fomos, de como fomos felizes sem preocupações a não ser as horas que davam os desenhos animados na televisão ou de acordar para estarmos com os nossos amigos/vizinhos e passar bons serões. Esta Criança tem que ser muito bem protegida e adorada pois somos nós no passado e é algo que nos irá ajudar no futuro com os nossos filhos e sobrinhos e toda a criançada que gosta de nós. 

Não desprezem a nossa criança interior porque é o nosso profundo ser.


Orpheus